sábado, 30 de janeiro de 2010




A perda de dentes pode ser provocada pela cárie, doenças das gengivas e por traumatismos. (as doenças das gengivas são a principal causa)

Quando faltam dentes, os que estão ao lado e os oponentes tendem a mover-se para o espaço livre provocando todo o tipo de desequilíbrios nas arcadas dentárias. Também se dá a reabsorção do osso alvéolar (desaparecimento, por absorção pelo organismo), que é o osso esponjoso onde estão implantadas as raízes dos dentes. Para restaurar as funções: mastigatória, estética e fonética, e minimizar os efeitos acima referidos, fazem-se as próteses dentárias.


As próteses dentárias podem ser removíveis (o paciente pode-as tirar sempre que o desejar) , ou fixas (cimentadas no lugar com uma cola especial e só o dentista as poderá remover) . Ambas as próteses podem ser parciais ou totais (as fixas só podem ser totais no caso de implantes).


Prótese removível - As próteses removíveis podem ser parciais e totais. As parciais removíveis podem ser totalmente em acrílico ou terem uma parte metálica chamada esqueleto e destinam-se a substituir um ou mais dentes. Estas últimas são conhecidas como esqueléticas.

As próteses parciais removíveis em acrílico são o tipo de prótese mais económico e deveriam ter apenas um carácter temporário. No entanto são as mais usadas em Portugal por razões sócio económicas.
Este tipo de prótese é mantida na boca pelas retenções presentes nos dentes que ainda restam. Apoia-se nos tecidos moles e no caso de algumas esqueléticas também nos dentes naturais ainda presentes.

As totais removíveis são normalmente em acrílico e destinam-se à substituição de todos os dentes. São suportadas apenas pelos tecidos moles e estrutura óssea subjacente. Mantém-se na boca pela acção conjunta de pequenas retenções da anatomia do que resta do osso alvéolar, da língua, dos músculos faciais, e no caso da prótese superior, do efeito de vácuo entre a superfície interna da prótese e o palato (céu da boca).A retenção destas próteses é muito problemática quando há uma reabsorção quase total do osso alvéolar. Nesta situação a única solução é recorrer aos implantes.

Os dentes utilizados quer nas parciais quer nas totais são normalmente dentes pré fabricados em acrílico. Podem eventualmente ser usados dentes pré fabricados em porcelana a pedido do paciente. Haverá um custo acrescido neste caso. Os dentes de porcelana têm a vantagem de resistirem muito mais ao desgaste, terem um aspecto mais natural e não sofrerem alterações na cor com o tempo. Por outro lado são muito mais caros e difíceis de reparar quando se partem e levam a uma maior reabsorção do que resta do osso alvéolar por serem mais duros.

Há porém que ter em consideração que as próteses removíveis têm um período de vida limitado pelas contínuas alterações da boca e pela degradação dos materiais empregues.

No caso das próteses removíveis, sempre que houver possibilidades económicas é aconselhável mandar fazer uma prótese suplente. Assim evita os contratempos que poderá ter se a sua prótese se partir. Esta prótese suplementar poderá ter menos dentes e ser apenas em acrílico, reduzindo desta forma o seu custo.


Prótese fixa - As próteses fixas são constituídas por coroas, pontes e coroas Richmond.

As coroas são capas que se destinam a reconstruir a coroa natural do dente parcialmente destruído. Implica a existência de parte da estrutura do dente que se propõe reconstruir e ao qual será cimentada.

Quando faltam um ou mais dentes mas existem dentes ao lado desse espaço, pode-se fazer uma ponte. Os avanços da dentistria permitem hoje uma nova opção, a coroa apoiada num implante.

A ponte é uma restauração protésica destinada a substituir um ou mais dentes, apoiando-se em dentes vizinhos ao espaço desdentado. Os elementos que ficam suspensos são denominados ponticos.

Coroa Richmond - Quando a destruição do dente é de tal ordem que só resta a raiz, a coroa artificial pode ser feita com uma extensão que entra pelo canal pulpar (canal do nervo) existente no interior da raiz.

Todos estes elementos de restauração e substituição dos dentes devem ser feitos em laboratórios de prótese dentária. É preciso não confundir estes trabalhos com as coroas acrílicas (os chamados pivots) que por vezes são aplicadas pelos dentistas com objectivo temporário e não têm qualificação nenhuma para serem consideradas como um tipo de restauração fixa permanente. A prótese fixa é a opção ideal nos casos em que faltam poucos dentes, não só pelo conforto como pela estética, embora seja mais cara que a prótese removível.

As coroas e pontes metalo-cerâmicas são feitas com uma estrutura interna em metal que lhes dá robustez e recobertas de cerâmica com a tonalidade dos dentes do paciente. Também poderão ser feitas só de metal ou só de cerâmica.



Coroas e Pontes de Cerâmica Pura

A técnica e a ciência põem finalmente ao serviço do dentista e do protésico a possibilidade de realizarem trabalhos de insuperável qualidade estética e estrutural. É simplesmente o melhor que se pode oferecer ao paciente. Em alguns casos será até melhor que o natural. Estas coroas podem ser suportadas por dentes naturais e/ou por implantes. (

Implantes - Os implantes utilizam-se em casos de perda de um ou mais dentes quando se pretende efectuar próteses fixas. Nestes casos funcionam como raízes naturais. Usam-se ainda no caso de doentes desdentados em que a estrutura óssea e a mucosa gengival não permitam a utilização de uma prótese total com conforto e estabilidade. Aqui funcionam como retentores da prótese.
Conselhos aos portadores de próteses - Passar a usar uma prótese dentária pode trazer algum desconforto inicial durante a fase de adaptação e exige alguma boa vontade do paciente que será naturalmente recompensado, passado este período inicial. Certamente que o desconforto e a desvantagem da falta de dentes é muito superior e o paciente deverá ter isso em consideração. A opção por cada tipo de prótese depende de aspectos clínicos e económicos.

Os primeiros dias

Tente usar a sua prótese durante a maior parte do tempo. A adaptação será mais rápida.

O aparelho parecerá incomodar, terá náuseas, a saliva será mais abundante, a pronúncia soará estranha. Todos estas perturbações são passageiras e desaparecem com o tempo.

O aparelho não está estável: a prótese removível não pode apresentar uma fixação absoluta. Após alguns dias, os reflexos musculares contribuirão para atenuar este inconveniente.

As irritações ou dores que podem aparecer nos dias seguintes não devem ser motivo de inquietação. Um simples retoque do técnico de prótese ou do dentista resolverão o problema.

Às refeições

No princípio privilegie uma alimentação fácil de mastigar e pouco a pouco a sua eficácia mastigatória melhorará.

Após cada refeição, retire a prótese e escove-a com uma escova de dentes e um produto específico (não use pasta de dentes porque contêm abrasivos). Não deixe qualquer resíduo.

Escove igualmente os dentes restantes e a mucosa na qual assenta a prótese.

Inserir e retirar a prótese

Prótese total :

O aparelho superior e inferior devem ser usados ao mesmo tempo, eles estabilizam-se mutuamente.

Prótese parcial :

O aparelho deve ser inserido com as duas mãos e sem forçar. Ao princípio será mais fácil fazê-lo em frente a um espelho. Nalguns casos será necessário encaixar um lado antes do outro.

Manutenção e conservação

Deixar as próteses a descansar durante a noite dentro de um recipiente com água e um detergente especial para esse fim à venda na farmácia.

Fractura

Em caso de fractura, conservar todos os pedaços e levar a um laboratório o mais depressa possível. O técnico está habilitado a fazer uma reparação sólida e invisível.

Sobretudo não tente reparar você mesmo, arriscaria a tornar a reparação impossível.

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